CRIANÇAS E PIOLHOS

Crianças e piolhos, piolhos e crianças – uma das grandes inevitabilidades da vida. Se ainda não aconteceu, está para acontecer e, pior, ninguém fica imune depois de os apanhar. Eles podem voltar. E é assim que se acumulam horas na casa de banho repletas de soluções especiais, remédios caseiros (onde há demasiada coca-cola e vinagre envolvidos) e frio.

Mas afinal o que são piolhos? Trata-se de pequenos insetos sem asas que não podem voar ou saltar. As fêmeas põem ovos conhecidos como “lêndeas”, que ficam presos à haste do cabelo como uma cola forte. As zonas mais suscetíveis são perto do couro cabeludo e as regiões de maior calor, nomeadamente atrás das orelhas e nuca. A comichão que se sente quando se tem uma infestação de piolhos na cabeça deve-se à reação do corpo à saliva segregada pelos piolhos quando estes mordem o couro cabeludo.

“E como é que os meus filhos apanharam piolhos?” – a forma mais comum de infestação é através do contacto cabeça com cabeça. As crianças com cabelos mais compridos estão mais suscetíveis, uma vez que têm maior probabilidade de contacto cabelo com cabelo. É extremamente incomum apanhar piolhos através dos animais, dado que, normalmente, estes só conseguem sobreviver no cabelo humano. Também não há evidências de preferência dos piolhos por cabelos limpos ou sujos. As infestações são mais difíceis de controlar em condições climatéricas húmidas, uma vez que este ambiente é mais propício à reprodução dos piolhos.

É importante reforçar que, antes de realizar qualquer tratamento, deve verificar se a comichão sentida se deve mesmo a piolhos e não a uma situação de eczema ou a outra condição do couro cabeludo – os tratamentos contra piolhos podem agravar ainda mais o problema subjacente.

Por último e não menos importante, se encontrar piolhos ou lêndeas, é importante que todos os membros da família sejam também observados e, se necessário, tratados.

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